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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

'Harry Potter': Estúdio promove jantar em Hogwarts por R$ 1.400


Evento será realizado em dezembro, no set de gravação do Grande Salão.
Ingresso inclui varinha, dois pratos, sobremesa e cervejas amanteigadas.

Do G1, em São Paulo
Grande Salão de Hogwarts apareceu nos filmes da série "Harry Potter" (Foto: Divulgação)Grande Salão de Hogwarts apareceu nos filmes da série "Harry Potter" (Foto: Divulgação)
Os estúdios Warner Bros. estão organizando um evento que tornará o sonho de muito fã da série de livros "Harry Potter" realidade. No dia 3 de dezembro, será possível participar de um jantar no cenário em Londres no qual foram gravadas as cenas do Grande Salão de Hogwarts, a escolha de magia frequentada pelo personagem. A refeição, no entanto, não sai por menos de R$ 1.400 (230 libras).
O ingresso pode ser caro, mas dá direito a varinha, dois pratos do jantar natalino "com todas as guarnições" no set do Salão Principal (os convidados serão dividos em mesas de 10) e visita a outros cenários. Na Plataforma 9 3/4, por exemplo, serão servidas as sobremesas ao lado do trem original Hogwarts Express. Também será possível experimentas as famosas cervejas amanteigadas dos livros de J. K. Rowling.
Os comensais ainda poderão visitar o salão comunal da Grifinória e a cozinha da casa dos Weasley - tudo com enfeites natalinos. O evento começa por volta das 18h do horário local e está programado para acabar à meia noite, com música, dança e um bar para quem quiser comprar mais bebidas - o que explica a limitação para maiores de 18 anos.

Guillermo del Toro e Mia Wasikowska falam sobre 'A colina escarlate'


"A colina escarlate", que será exibido nos dias 13 e 14 de outubro no Festival do Rio e estreia no circuito comercial no dia 15, é um romance gótico e conta com Tom Hiddlestone, Jessica Chastain, Charlie Hunnam e Mia Wasikowska no elenco principal.
A Universal Pictures divulga nesta quinta (1º) um vídeo com depoimentos do diretor Guillermo del Toro ("O labirinto do fauno") e da atriz Mia Wasikowska sobre o principal personagem de "A colina escarlate": a casa. Eles comentam sobre um dos lugares mais sombrios da mansão, a mina de argila vermelho-sangue, obscura e antiga, que é usada para esconder corpos. Assista ao vídeo acima.
Segundo a sinopse, quando o coração de Edith Cushing (Mia Wasikowska) é roubado por um estranho sedutor, a jovem é arrastada para uma casa no topo de uma montanha de barro vermelho-sangue: um lugar repleto de segredos que vão assombrá-la para sempre.
Mia Wasikowska em 'A colina escarlate' (Foto: Divulgação)

'A metamorfose', de Kafka, faz 100 anos ignorado na República Tcheca


Escritor não era tão popular em sua cidade natal, a capital Praga.
Seus textos têm fama de serem difíceis de ser entendidos em tcheco.

Da EFE
Escritor Franz Kafka em foto de arquivo (Foto: HO File/AP)Escritor Franz Kafka em foto de arquivo
(Foto: HO File/AP)
Apesar de Franz Kafka ser o autor tcheco mais conhecido do século 20 e um dos ícones turísticos de sua cidade natal, a capital Praga, o centenário da publicação de sua obra mais famosa, "A metamorfose", tem pouca repercussão na República Tcheca, onde o escritor nunca foi muito popular.
Foi em outubro de 1915 que o texto apareceu publicado em alemão, o idioma no qual escrevia Kafka, na revista "Die Weissen Blätter" ("As folhas brancas") de Leipzig, na Alemanha.
A primeira edição em formato de livro data de dezembro desse mesmo ano, por meio da editora alemã Kurt Wolff.
"A metamorfose" é o assustador relato de Gregor Samsa, um viajante de negócios que certa manhã acorda transformado em uma barata gigante. Os estudiosos de Kafka interpretaram esta transformação como uma metáfora sobre o peso insuportável da responsabilidade.
A diretora da Sociedade Franz Kafka de Praga, Marketa Malisova, chancela esta interpretação da obra.
"Kafka a escreveu sob a influência de todas as circunstâncias que lhe afetavam. O sentido de 'A Metamorfose' foi válido há 500 anos e será válido dentro de mil", comentou Malisova à Agência Efe.
Com o tempo, esta obra de 72 páginas, escrita por Kafka em 1912, e que reflete de certa forma a experiência vital do autor, se transformou em seu romance mais conhecido.
Nascido em Praga em 1883, Kafka morreu de tuberculose justo um mês antes de completar 41 anos, trabalhou em uma empresa de seguros e deixou uma obra publicada muito curta e uma obra póstuma mais extensa, que pediu que fosse destruída, mas que se salvou e acabou sendo editada.
Apesar de seu sucesso mundial, primeiro nos Estados Unidos na década de 1940 e depois da Segunda Guerra Mundial na Europa Ocidental, em seu país natal quase não se conhece ou se lê a obra de Kafka.
"A Metamorfose", por exemplo, teve que esperar até 1929 para ser traduzida ao tcheco, o idioma oficial da Tchecoslováquia, um país que surgiu da decomposição do Império Austro-Húngaro.
Kafka nunca foi profeta em sua terra. Seu biógrafo tcheco, o filólogo Josef Cermak, lembra que suas primeiras traduções foram realizadas por intelectuais de tendência anarquista, o que criou a ideia de que era um autor revolucionário.
Após a guerra e a instauração da ditadura comunista, mudou o regime e a produção de Kafka esteve proibida por ser considerado um autor "reacionário", destacou Cermak. Até mesmo os estudiosos de Kafka foram acossados pela polícia política do regime comunista.
Em 1990, quando foi derrubado o sistema socialista, se estabeleceu a Sociedade Franz Kafka de Praga, com o explícito objetivo de reviver a tradição cosmopolita que tornou possível o fenômeno da literatura germânico-praguense do qual surgiu Kafka.
No entanto, 25 anos mais tarde, muito poucos tchecos leem as obras de Kafka, em parte porque seus textos têm fama de serem difíceis de ser entendidos em tcheco, reconheceu Malisova.
Apesar de a República Tcheca oficialmente não preparar nenhum evento comemorativo do centenário de "A Metamorfose", a Sociedade Franz Kafka não deixará a data passar em branco.
Esta entidade dispõe de um dos exemplares originais da primeira edição em formato livro de 1915 e unirá o centenário a celebração de seus 25 anos como associação cultural.
Um concerto, uma mostra fotográfica e um espetáculo junto ao monumento de Franz Kafka em Praga são alguns dos eventos programados para lembrar a data.

Rio é responsável por 75% da produção cinematográfica do país


Em dez anos, o setor movimentou US$ 620 milhões na cidade.
O valor corresponde a 89% da receita da indústria de produção brasileira.

Cristiane CaoliDo G1 Rio
Rodada de negócio do RioMarket são reuniões pré-agendadas em que produtores apresentam projetos disponíveis para aquisição, distribuição e coprodução de cinema, TV e VOD para profissionais do mercado audiovisual (Foto: Cristiane Caoli / G1)Rodada de negócio do RioMarket são reuniões pré-agendadas em que produtores apresentam projetos disponíveis para aquisição, distribuição e coprodução de cinema, TV e VOD para profissionais do mercado audiovisual (Foto: Cristiane Caoli / G1)
Na contramão da crise econômica que o país atravessa, um mercado se mostra bastante aquecido no Brasil, o do audiovisual. E no segmento, o destaque é para o estado do Rio, responsável por 50% da produção televisiva do país e por 75% da indústria cinematográfica, segundo a agência de promoção de investimentos da cidade, a Rio Negócios.
De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Haddad, em dez anos, a cidade movimentou US$ 620 milhões com filmes produzidos no Rio. Isso corresponde a 89% do total da receita da indústria de produção brasileira. A capital fluminense recebeu ainda 135 milhões de espectadores nas salas de cinema, no mesmo período.
“O audiovisual é um dos ativos da cidade. Em termos de vetor econômico, é um setor que tem quantidade grande de pessoas empregadas. Você tem aproximadamente de 25 a 30 mil pessoas relacionadas a essa atividade no Rio de Janeiro. É uma referência na América Latina nesse setor”, disse Haddad.
De olho nesse mercado, a área de negócios do Festival do Rio, o RioMarket, promove até o dia 8 de outubro, um encontro entre profissionais do ramo, novos produtores e empresas do setor, para proporcionar novas oportunidades de negócios. O evento começou nesta quarta-feira (30).
“O Brasil está crescendo [nesse setor], mas tem muito por vir ainda. A gente tem potencial enorme. Primeiro porque nós temos grandes talentos, e também porque a gente tem uma capacidade de produção muito boa. E terceiro, porque a gente tem histórias incríveis para serem contadas, que ainda não foram”, ressaltou Valkiria Barbosa, diretora do RioMarket.
O encontro acontece na Sede do Festival do Rio, localizada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos – UFRJ, no Flamengo, Zona Sul da cidade. Além das rodadas de negócio, o evento oferece ainda workshops e master classes, entre atividades pagas e gratuitas, o programa Films From Rio, que tem o objetivo de capacitar produtores fluminenses, o RioMarket Jovem, que busca preparar jovens para serem profissionais do audiovisual.
As sócias Cristina Mendonça e Paula Fabiano estiveram no evento para apresentar seus projetos (Foto: Cristiane Caoli / G1)As sócias Cristina Mendonça e Paula Fabiano
estiveram no evento para apresentar seus projetos
(Foto: Cristiane Caoli / G1)
Rodada de negócios
Pela primeira vez no RioMarket, as sócias Cristina Mendonça e Paula Fabiano encararam cerca de 5 reuniões nesta quarta-feira. “Foi bacana, a gente conversou com uma produtora do Chile de cinema, e agora vai conversar com Cine Brasil. [O mercado] está num momento maravilhoso. A gente consegue ter essa troca do que a gente quer mostrar, e as pessoas estão super abertas para receber e conversar”, analisou Cristina.
Há 15 anos no mercado, Paula contou que nunca viu o mercado aquecido como agora. “Nos últimos anos, com a atuação da Ancine, com o programa Brasil de Todas as Telas, melhorou bastante".
"Antes, era bem mais difícil. E acho que o fomento agora está principalmente para o mercado de TV, produção independente de TV, tem um fomento que nunca vi antes, é a primeiro vez que vejo fomento tão grande para o mercado de TV como agora”, concluiu.
Evento conta com workshops e master classes sobre roteiro, desenvolvimento de ideias, mercado norte-americano, pilotos, entre outros temas (Foto: Cristiane Caoli / G1)Evento conta com workshops e master classes
sobre roteiro, desenvolvimento de ideias, mercado
norte-americano, pilotos, entre outros temas
(Foto: Cristiane Caoli / G1)
Em busca de projetos interessantes, o gerente da E! Entertainment Television, Glauco Sabino, também pela primeira vez no RioMarket, disse que sente falta de produções que fujam do eixo Rio-São Paulo. Ele contou que das oito reuniões que participou, até 14h, no entanto, duas ideias o haviam deixado interessado.
“Acho que ainda falta um pouco de preparo das produtoras. Porque acho que ainda atiram para todos os lados. Às vezes eu vejo que a produtora não sabe para quem está oferecendo conteúdo. E é muito legal quando recebo uma produtora que você vê que fez uma lição de casa e estudou o canal. Ela sabe para quem está oferecendo”.
Previsão de investimento de 12 bilhões
O presidente da Rio Negócios também acredita que o setor deve crescer ainda mais. De acordo com ele, há uma previsão de investimento de até R$ 12 bilhões em todo o país, nos próximos três anos.

Festival do Rio começa nesta quinta, com mais de 250 filmes de 60 países


Abertura da 17ª edição acontece no Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro.
Exibição do aguardado 'Chico: Artista Brasileiro', abre o festival.

Do G1 Rio
Cena do filme 'Chico: Artista Brasileiro' (Foto: Divulgação)Cena do filme 'Chico: Artista Brasileiro', que abre o Festival do Rio (Foto: Divulgação)
Começa nesta quinta-feira (1º) o Festival do Rio, que nesta edição apresenta cerca de 250 filmes —100 a menos que em 2014 — de mais de 60 países. A abertura da 17ª edição acontece no Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, o Cine Odeon, na Cinelândia, com exibição do aguardado Chico: Artista Brasileiro, que tem direção de Miguel Faria Jr.
O longa acompanha o cantor e compositor Chico Buarque na montagem de um show com convidados, mostrando seu cotidiano, seu método de trabalho, seu processo criativo e sua trajetória.

Ao todo, 20 salas de cinema do Rio participam do festival. Este ano, o evento traz uma novidade: os ingressos serão vendidos online por meio do site www.ingresso.com até a véspera do dia da sessão. Somente 20% dos ingressos estarão disponíveis na bilheteria de cada cinema para o mesmo dia. Para quem já adquiriu o passaporte, que já se esgotou, os ingressos devem ser retirados online ou na bilheteria dos Cine Odeon, na Cinelândia, ou do Kinoplex São Luiz, no Largo do Machado.

No site do evento é possível programar o melhor roteiro para apreciar as obras.
O evento traz homenagens ao centenário de Orson Welles, aos Studio Ghibli, ao Cinema Noir Mexicano, e aos diretores Hal Hartley e Wes Craven.

Cinemas
O Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro - Cine Odeon volta a integrar o circuito do Festival, exibindo sessões populares da Première Brasil e do Cine Encontro - um dos eventos mais esperados pelo grande público.

No Cine Encontro, os espectadores têm a oportunidade de entrar em contato direto com quem faz cinema, participando de debates e conversas com os realizadores e atores/atrizes dos filmes da Première Brasil, convidados internacionais de outras mostras e com representantes do meio cinematográfico.
O Cinépolis Lagoon será o cinema oficial das sessões de gala da Première Brasil e das sessões com presença de diretores e atores.
Além dos cinemas Kinoplex São Luiz e Roxy, salas do Circuito NET Estação, Jóia, Museu da República, CCBB, CCJF e Ponto Cine a Cinemateca do MAM retorna ao circuito com programação especial.  O circuito completo será divulgado posteriormente.

Filmes de graça
O Festival do Rio também traz uma seleção especial de sessões gratuitas. Nela, destacam-se filmes como “O sal da Terra”, longa de abertura do Festival do Rio 2014, “Cássia Eller”, exibido na mesma edição, uma retrospectiva especial com alguns títulos do diretor Michel Gondry e uma mostra dedicada ao cinema polonês.

O Programão Carioca, parceria com a TV Globo e a Globo Filmes, vai exibir filmes nacionais de grande sucesso ao ar livre em cinco pontos diferentes: Quiosque da Globo, em Copacabana; Largo da Prainha, no Centro; Vila Mimosa, Paquetá e Pedra de Guaratiba. O público poderá também conhecer os grandes “palácios” de cinema espalhados pelo mundo e no Brasil na exposição “A Magia Universal do Cinema”, que reúne fotos do fotógrafo francês Stephan Zaubitzer no CCBB.

Anthony Leeds e a antropologia no Brasil: um encontro improvável


Favela da Rocinha, em São Conrado. Feira livre e casas. 1969.
 (Resumo do artigo: A colunista Yvonne Maggie retoma a influência do antropólogo Anthony Leeds em sua trajetória acadêmica. Leeds reuniu extenso acervo de fotos sobre o Rio de Janeiro. Elas estão em exposição na cidade, no Museu da República)
Eu tinha 24 anos quando terminei o curso de graduação em ciências sociais no Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ). Foram tempos de grandes rupturas e muitos impedimentos. Minha formatura não teve o glamour das cerimônias e festas das conclusões de curso de hoje em dia. Muitos colegas haviam sido presos e outros tiveram de sair do País antes de terminarem a faculdade, perseguidos ou condenados pela punição do 477, decreto que expulsava da universidade os estudantes considerados subversivos.
A formatura foi realizada no gabinete da direção do IFCS, só com os alunos e a diretora e catedrática de antropologia, d. Marina São Paulo de Vasconcellos. Em meio a um clima tenso, nossa querida mestra fez um pequeno discurso, citou Mao Tsé-Tung e disse palavras de esperança.  Dias depois, veio o golpe de 13 de dezembro de 1968 instaurado pelo Ato Institucional nº 5, que cassou e aposentou onze professores do nosso Instituto, inclusive d. Marina.

Neste mesmo ano, em meio ao turbilhão que se abatia, e as ciências sociais eram alvo dos agentes de repressão e dos militares que confundiam sociologia com socialismo, abriu-se uma porta impensável e improvável. O antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira, associando-se ao grande etnólogo David Maury-Louis da Universidade de Harvard, iniciou um programa de pós-graduação em antropologia social, no Museu Nacional. Seguindo os moldes norte-americanos e a partir de um grande projeto de pesquisa sobre o Brasil, o programa ficou mais ou menos protegido dos ataques da ditadura. 

Anthony Leeds, jovem antropólogo norte-americano formado em Columbia, oferecia um curso sobre antropologia urbana, um dos mais ricos e inovadores do recém-criado mestrado. No segundo semestre de 1969 iniciei esse  curso, junto com alguns colegas, experiência pioneira que nos salvou da opção radical da luta armada. Éramos poucos alunos, mas me lembro bem de Luiz Antonio Machado da Silva e do arquiteto Carlos Nelson Ferreira dos Santos, autor, mais tarde, do belo livro A cidade como um jogo de cartas (http://goo.gl/kHSQqH), e é claro do meu marido à época, Gilberto Velho.
Desejávamos pensar o Brasil, levar subsídios aos debates públicos, mas não queríamos perder a vida combatendo com armas. Tony Leeds, como chamávamos carinhosamente o mestre, dava suas aulas em uma das salas arejadas, com janelas para o Jardim das Princesas, fundos do prédio histórico do Museu Nacional. O Museu passou a ser definido por alguns como o Jardim dos Finzi-Contini, em alusão ao filme de Vitorio De Sica, lançado em 1970, sobre a vida dos jovens filhos de um rico casal aristocrata judeu, no final da década de 1930, que se divertiam como se nada houvesse para se preocupar, enquanto o nazismo e o fascismo tomavam vulto. Uma metáfora aos que haviam optado pelo caminho da academia e não da luta armada contra a ditadura. 

As discussões eram sempre surpreendentes porque a antropologia urbana de Tony Leeds era extremamente rica e sua abordagem pouco comum para a época. Desorganizadamente organizadas, as aulas introduziram questões que foram um mapa ou uma bússola para nossas pesquisas na cidade e para os futuros trabalhos dos alunos de 1969 do Museu. 

Tony insistia para que fizéssemos pesquisa de campo e nos estimulava a pensar a cidade e, em especial, o Rio de Janeiro. Líamos uma bibliografia inusitada e o texto que mais me marcou foi “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra”, de Friedrich Engels. Tony nos mostrou como a descrição de Engels das cidades inglesas havia sido feita com o cuidado de um antropólogo em uma aldeia, usando fontes primárias e sua própria observação determinante e impecável. 

Nesse curso se formou uma nova geração de antropólogos preocupados com as questões da cidade ao estilo da antropologia social britânica e da antropologia cultural norte-americana. Por sugestão e insistência de Tony para que tivéssemos uma experiência de trabalho de campo na cidade, Gilberto Velho e eu realizamos um estudo no edifício Barata Ribeiro, 200, o famoso prédio de conjugados em Copacabana.
Esta pesquisa foi o início, o embrião da pesquisa em outro prédio semelhante, o Edifício Estrela, onde morávamos. A vida no nosso prédio foi descrita por Gilberto Velho em sua dissertação de mestrado em 1970, e transformou-se no livro Utopia urbana. A insistência e o estímulo de Tony foram fundamentais na minha vida.  A pesquisa no “Barata Ribeiro 200” foi  meu primeiro passo e com ela me encantei pela antropologia urbana e pelo trabalho de campo na cidade.

Tony foi o grande mentor e precursor da antropologia urbana. O curso do nosso querido amigo e criativo antropólogo, voltado para a cidade, para o fenômeno urbano e não para o Brasil como faziam os outros brasilianistas da época, foi o estopim para uma antropologia urbana diferente dos estudos influenciados pelos modelos de classe social, pelos estudos da classe trabalhadora e da luta de classe, gerando uma nova antropologia urbana entre nós. 

Por generosidade de Cristina Patriota, que organizou o número do Anuário Antropológico 2012/2013 em homenagem ao antropólogo criador da antropologia urbana voltada para a subjetividade e o etos das camadas médias urbanas, publiquei pela primeira vez um ensaio escrito a quatro mãos com Gilberto Velho.  O artigo tem características de pioneirismo, ao mesmo tempo construído com o olhar de iniciantes na antropologia. Uma descrição densa e uma enorme vontade de conhecer. 

Dois anos depois do curso no Museu parti com Gilberto Velho para Austin, Texas, e vivi um ano muito intenso e caloroso com o casal Tony e Liz, que além de nos receberem com afeto, nos venderam um Fusca 68, bicolor, com o qual conhecemos os EUA em duas memoráveis viagens. 

Tony fez muito pela antropologia no Brasil e minha geração ganhou muito com seu trabalho. Jamais vou esquecer as aulas no Museu e o curso que fiz na Universidade do Texas. Tony Leeds iniciou também um outro campo fundamental para a antropologia urbana, o campo da antropologia visual a partir de suas fotos delicadas e primorosas. Favela Macedo Sobrinho, no Humaitá. Mutirão de moradores em benefício da favela e de suas condições de moradia. A prática da ajuda mútua também foi um dos temas privilegiados no trabalho de Leeds. 1964?












O acervo fotográfico do antropólogo foi recentemente doado por sua viúva, a cientista política Elizabeth Leeds, para a Casa de Oswaldo Cruz, por iniciativa  de Nísia Trindade Lima, vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz .
A belíssima reunião deste patrimônio da história do Rio de Janeiro está em exposição até novembro no Museu da República até o final de novembro. São 770 fotos que revelam a história de algumas favelas com o olhar perspicaz  e sensível do pioneiro da antropologia urbana no Brasil. 
Nos dias 22 e 23 de setembro, foi realizado no Museu da República o seminário “O Rio que se queria negar”. Nesse seminário, que contou com a presença de estudiosos da cidade e das favelas, foi lançada pela editora Fiocruz a 2a edição, cuidadosa e com muitas fotos do acervo, do livro do casal Anthony e Elizabeth Leeds, A sociologia do Brasil rural.
E1 -21 - crianças carregando água, favela Macedo Sobrinho, 1964?

(FOTOS: No topo: Favela da Rocinha, em São Conrado. Feira livre e casas. 1969. No meio da página, Favela Macedo Sobrinho, no Humaitá. Mutirão de moradores em benefício da favela e de suas condições de moradia. A prática da ajuda mútua também foi um dos temas privilegiados no trabalho de Leeds. 1964?. no pé da página, crianças carregando água, favela Macedo Sobrinho, 1964? - CRÉDITO: Anthony Leeds/Acervo da Casa Oswaldo Cruz)

Teatro dos Bancários do DF recebe humorista Paulinho Serra nesta quinta


Artista apresenta improviso e interação com plateia no Cerrado Riso Festival.
Evento tem abertura de TJ Fernandes, do 'Melô do DF' e começa às 20h30.

Do G1 DF
Paulinho Serra Em Pedaços Bahia (Foto: Divulgação)Paulinho Serra Em Pedaços Bahia (Foto: Divulgação)
O humorista Paulinho Serra chega a Brasília nesta quinta-feira (1º) para participar do Cerrado Riso Festival. O artista sobe ao palco do Teatro dos Bancários às 20h30. O criador do “Melô do DF”, TJ Fernandes, faz a abertura do espetáculo. Os ingressos custam R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia).
O stand-up “Paulinho Serra em pedaços” tem muito improviso e interação com a plateia. “Gosto de reservar os primeiros 10, 15 minutos do espetáculo para comentar o factual e ter essa interação com o público. Também deixo filmar, fotografar, levantar. No espetáculo, pode tudo desde que com respeito”, diz o humorista.
Depois de fazer parte do Deznecessários, que reuniu humoristas como Tatá Werneck, Marcelo Marrom, Rodrigo Capella, Maíra Charken e Miá Mello, Paulinho foi VJ da MTV, participou do seriado Chapa Quente, da TV Globo, e criou o canal Amada Foca na internet.
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